CURVA DE EMBEBIÇÃO E INTERFERÊNCIA DA LUZ NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ROSA-DO-DESERTO (Adenium obesum (Forssk.), Roem. & Schult.)
Resumo
A Rosa-do-Deserto é muito utilizada como planta ornamental devido sua resistência e elegância, embora as pesquisas sejam escassas, e o conhecimento sobre as exigências quanto à germinação, desconhecidas. O objetivo foi caracterizar a curva de embebição e a fotoblastia da sementes de rosa do deserto. Na curva de embebição foi utilizado o método da semente submersa, com oito repetições de 50 sementes, as quais foram mantidas em frascos contendo 100 mL de água deionizada em temperatura ambiente, com aerador e pesadas em intervalos de 1 hora até que houvesse a germinação de alguma semente. No teste de fotoblastia, os tratamentos utilizados foram luz branca, ausência de luz, vermelho e vermelho-extremo. As placas da luz branca ficaram sem revestimento, para ausência de luz foram revestidas com uma camada de papel alumínio, para vermelho e vermelho extremo foram revestidas por folhas de papel celofane vermelhas e vermelhas e azul, respectivamente. Neste teste foram realizados 4 tratamentos com 4 repetições de 25 sementes por placa, sobre 3 folhas de papel filtro umedecido com 7 mL de água destilada e autoclavada. As placas foram acondicionadas em câmaras de germinação por 10 dias. O delineamento foi inteiramente casualisado e os dados submetidas à análise de variância com comparação de médias por Tukey a 5% de probabilidade. O resultados apontam que o padrão de embebição das sementes de Rosa-do-Deserto é trifásico, tendo ocorrido a germinação após 37 horas de experimento. Em relação à interferência da luz, as sementes apresentam germinação em todos as incidências luminosas, caracterizando-as como fotoblásticas neutras.Referências
NASSIF, S. M. L.; PEREZ, S. C. J. G. A. Efeitos da temperatura na germinação de sementes de amendoim-do-campo (Pterogyne nitens Tul). RevBrasSementes, v. 22, n. 1, p.1-6, 2000.
LOUREDO. P., Estratégias de Ensino: Germinação, 2017. Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/germinacao-.htm. [Acesso em: 21 de abril de 2017.]
KERBAUY. G.B, Fisiologia Vegetal. 2ª ed. Guanabara Koogan, 2008
SOARES, I. D. Germinação, morfologia e sanidade de sementes de Psidium rufum dc. (Myrtaceae). Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa: 25/02/2015.
ESTEVAM, J. T. Caracterização morfológica, germinação e vigor de sementes de Rosa-do-Deserto (Adenium obesum (Forssk.) Roem. and Schult.). 2014. 46 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Produção Vegetal) – Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás, 2014.
ROMAHN, V. Enciclopédia ilustrada das plantas & flores: suculentas, samambaias e aquáticas. Editora Europa, 2012
PATRO, R. Rosa-do-deserto – Adenium obesum. 2016. Disponível em: http://www.jardineiro.net/plantas/rosa-do-deserto-adenium-obesum.html. [Acesso em: 20 março de 2017.]
SANTOS, M. M.; COSTA, R. B.; CUNHA, P. P.; SELEGUINI A. Tecnologias para produção de mudas de Rosa-do-Deserto (Adenium obesum). Multi-ScienceJournal; n. 1. v. 3: p. 79-82, 2015.
BRASIL. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasília. p 399. 2009.
FERREIRA, G.; GUIMARÃES, V. F; PINHO, S. Z.; OLIVEIRA, M. C.; RICHART A, BRAGA, J. F.; DIAS, G. B. Curva de absorção de água em sementes de atemoia (Annona cherimola Mill. X Annona squamosa L.) cv. gefner. RevBrasFrutic., v.28, n. 1, p. 121-124, 2006.
MANHONE, P. R. Efeito da Qualidade da Luz na Germinação de Três Espécies Nativas da Mata Atlântica. 2010. 45 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais). Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2010.
GONÇALVES, F. G.; GOMES, S. S.; GUILHERME, A. L. Efeito da luz na germinação de sementes de Guatteria gomeziana (Unonopsis lindmanii R. E. FR.) RevCientEletronicEngenFlorest. Publicação Científica da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça/FAEF. Ano IV, nº 08. 2006.
HADAS, A. Water uptake and germination of leguminous seeds under changing external water potential in osmotic solution. JourExperimBot., v.27, p.480-489, 1976.
LABORIAU, L. G.; VALADARES, M. E. B. On the germination of seeds Calotropis procera (Ait.) Ait.f. AnaAcadBrasCiênc., v. 48, n. 2, p. 263 – 284, 1976.
EDMOND, J. B.; DRAPALHA, W. J. The effects of temperature, sand, soil, and acetone on germination of okra seeds. JourAmericSocieHorticScienc., v. 71, p. 428 – 434, 1958.
CARVALHO, D. B., CARVALHO, R. I. N. Qualidade fisiológica de sementes de guanxuma em influência do envelhecimento acelerado e da luz. ActScientAgron, v. 31, n. 3, p. 489-494, 2009.
MELO, A. A. M. Germinação de sementes e ação da qualidade da luz sobre o desenvolvimento vegetativo e aspectos fitoquímicos de Catharanthus roseus (L.) G. Don. 85 p. Dissertação (Mestrado em Fisiologia Vegetal) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG. 2006.
BEWLEY, J.D.; BLACK, M. Physiology and biochemistry of seed in relation to germination. Berlin: Springer Verlag, v.1, p 306. 1978.
HENICKA, G. S.; BRAGA, L. F.; SOUSA, M. P.; CARVALHO, M. A. C. Germinação de sementes de Apuleia leiocarpa (Vogel.) J. F. MACBR.: Temperatura, Fotoblastismo e Estresse Salino. RevCiêncAgro-Amb., v. 4, n. 1, p. 37-46, 2006.
FERRAZ-GRANDE, F. G. A.; TAKAKI, M. Efeitos da luz, temperatura e estresse de água na Germinação de sementes de Caesalpinia peltophoroides BENTH. (Caesalpinoideae). Bragant, v. 65, n.1, p.37-42, 2006.
SOUSA, M. P.; BRAGA, L. F.; BRAGA, J. F.; DELACHIAVE, M. E. A. Germinação de sementes de Plantago ovata Forsk. (Plantaginaceae): temperatura e fotoblastismo. RevÁrv., , v. 32, n. 1, p. 51-57, 2008
OLIVEIRA-BENTO, S. R. S.; TORRES, S. B.; OLIVEIRA, F. N.; PAIVA, E. P; BENTO, D. A. V. Biometria de frutos e sementes e germinação de Calotropis procera AITON (Apocynaceae). BiosciJ, v. 29, n. 5, p. 1194-1205, Sept./Oct. 2013.
