CARACTERÍSTICAS, INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR COVID-19 DA POPULAÇÃO MIGRANTE QUE PERPASSOU PELA FRONTEIRA AMAZÔNICA/ACREANA DE 2019 A 2021

Resumo

O processo migratório integra povos e nações distintas, promovendo o desenvolvimento social, cultural e econômico entre diferentes países. É sabido que nos últimos quatro anos os fluxos migratórios tiveram severos prejuízos ocasionados pela crise sanitária da pandemia da COVID-19 instalada no mundo. Considerando tal cenário, buscou-se analisar as características da população migrante que perpassou pela fronteira Amazônica/Acreana de 2019 a 2021, suas internações e óbitos decorrentes da COVID – 19. Objetivando elencar quais as dificuldades enfrentadas por estes indivíduos durante a pandemia do coronavirus, além da estratificação segundo data do registo, unidade da federação, país de nacionalidade, faixa etária, sexo, estado civil, escolaridade, internações e óbitos ocorridos no período pandêmico de 2019 a 2021. Os procedimentos metodológicos foram levantamentos bibliográficos e dados extraídos de fontes secundárias do observatório COVID-19 da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (SESACRE) e do Portal de Imigração do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SISMIGRA). As análises foram estatísticas, retrospectivas e descritivas a partir do programa Excel (Pacote Office 2020). O local de estudo foi a fronteira Acreana com destaque para as cidades de Brasiléia e Assis Brasil, tendo como recorte temporal o período de 2019 a 2021. Foram considerados objeto desse estudo imigrantes oriundos de outros países e seus fluxos na fronteira Acreana, sobretudo nas cidades de Brasiléia (AC) e Assis Brasil (AC). Os resultados mostraram que no período pandêmico de 2019 a 2021, houveram prejuízos significativos quanto a mobilidade migratória pela fronteira Acreana com diversos impactos na saúde dessa população imigrante.