TRANSmutando o significado de amor

reflexões sobre amores travestis em uma sociedade neoliberal

Autores

Resumo

Esse artigo propõe-se a apresentar e gerar reflexões acerca da temática do amor romântico e do encontro amoroso na vida de mulheres trans e travestis, atravessadas por uma sociedade binária, cisheteronormativa e regida pelo neoliberalismo, a qual coloca todo aquele sujeito que não se encontra em uma relação amorosa idealizada como um sujeito fracassado, sendo esta uma violência para com os corpos dissidentes, tendo sua subjetividade e singularidade minada no campo dos afetos. Através de um estudo teórico, pela ótica da Teoria Queer e da interseccionalidade, algumas respostas foram possíveis de serem coletadas que seguem aqui, resumidamente, destacadas. O amor é um tema central para a humanidade, constituição do sujeito e do seu lugar no mundo. Contudo, para corpos que desobedecem às normativas de gênero e sexuais, há uma interdição do direito ao afeto que ocorre devido ao alto índice de violências e suas camadas. Pessoas trans e travestis acabam por ser vítimas de um imaginário social que embora defenda o amor como universal, lhes interdita essa possibilidade. Defende-se que o amor é um produto da cultura e da linguagem e que as travestis devem ter o seu direito de amar a sua própria maneira, se assim o quiserem. Isto deve ocorrer em detrimento dos dispositivos neoliberais em uma sociedade marcada pela diferença dos sexos, dos binômios sociais e da colonialidade cisheteronormativa.

Biografia do Autor

Eduarda Augusto Lopes Rodrigues, Universidade Federal do Acre

Graduada em Psicologia pela Universidade federal do Acre (Ufac)

Letícia Vilacorta Mansour, Universidade Federal do Acre

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Acre (Ufac)

Fabrício Ricardo Lopes, Universidade Federal do Acre

Doutor em Psicologia. Docente da Universidade Federal do Acre (Ufac).

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Publicado

2024-07-15

Como Citar

Augusto Lopes Rodrigues, E., Vilacorta Mansour, L., & Ricardo Lopes, F. (2024). TRANSmutando o significado de amor: reflexões sobre amores travestis em uma sociedade neoliberal. Das Amazônias, 7(1), 86–107. Recuperado de https://teste-periodicos.ufac.br/index.php/amazonicas/article/view/7563