<b>A JUNÇÃO DE LINGUAGENS NO CONTO “ESTAÇÃO PADRE MIGUEL”, DE GEOVANI MARTINS
Palavras-chave:
Geovani Martins, literatura brasileira contemporânea, mercado editorial, hibridismoResumo
O sol na cabeça (2018), livro-estreia de Geovani Martins publicado pela Companhia das Letras, entrou no mercado editorial com força. Nesta coletânea, nos deparamos com o trânsito da infância à adolescência de jovens imersos no universo de uma favela carioca. Este artigo busca mostrar algumas características presentes no texto “Estação Padre Miguel”, um dos treze contos publicados no livro do jovem escritor, buscando expor aspectos formais tais como a estrutura narrativa, a junção da linguagem oral e formal, as temáticas abordadas, o ritmo e o lirismo no texto, como também tensões sobre o caráter mercadológico da obra. Para isso, incluem-se considerações de Paul Zumthor (2010) para discutir a oralidade; de Karl Erik Schollhammer (2006) para entender o “novo realismo” do conto; e de Néstor García Canclini (1989, 2011) para problematizar a sobre-exposição mercadológica de narrativas da favela no âmbito de uma sociedade global influenciada por mercados simbólicos. A hibridização de linguagens é uma caraterística que se discute com ênfase para demostrar que esta surge no conto não só formalmente, no discurso oral e culto, mas também na forma com que o narrador reflete subjetivamente sobre a sua condição subalterna, de modo a expor criticamente desequilíbrios sociais.Referências
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