A INSIGNIFICÂNCIA DO SER: NARRATIVAS DO POVO INDÍGENA PUYANAWA
Resumo
Neste estudo, busco mostrar a insignificância do ser, através das narrativas dos indígenas Puyanawas, identificadas na tese de Doutorado de Walker (2012) e do livro História do Acre, de Souza (1992; 2002), evidenciando as “correrias” acontecidas em suas terras para a posse da propriedade pelos “coronéis de barranco”, que buscavam exterminar os povos nativos para apoderar-se das propriedades, e/ou escravizá-los para trabalhar na exploração da borracha. Destaco a “desvalorização do ser” tida como irracional, “não-ser”, para perceber o processo discriminatório/exploratório sofrido por estes povos, e concluo que mesmo depois de rupturas com o regime servil, os indígenas ainda se encontram expostos as condições precárias de subsistência. Diante disso, enfatizo, ainda, o poder da palavra como instrumento de denúncia. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica.Referências
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. A invenção do nordeste e outras artes. 4. Ed. São Paulo: Cortez Editora, 2009.
ALBUQUERQUE, Gerson Rodrigues. Das Margens. Rio Branco: Nepan Editora, 2016.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Povos Indígenas no Brasil. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/povo/puyanawa, acessado em: 17 maio 2017.
BARROS, Aidil Jesus da Silveira e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza.
Fundamentos de metodologia cientifica. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice, 2007.
WALKER, Maristela Rosso. A identidade Puyanawa e a Escola Indígena. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá. Maringá/PR, p. 360. 2012.
MACHADO, Altino. Carlos Alberto Alves de Souza. 2013. Disponível em:
http://www.altinomachado.com.br/2013/03/carlos-alberto-alves-de-souza.html, acessado em: 05 maio 2017.
MARCONI, Maria de Andrade e LAKATOS, Eva. Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MARTÍRIO. Direção: Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, Tatiana Almeida, Produção: Olívia Sabino. Brasil: Papo amarelo e Vídeo nas Aldeias, 2017.
MIGNOLO, Walter D. La Idea de América Latina: La herida colonial y La opción decolonial. Barcelona: Gedisa Editorial, 2007.
ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio no movimento dos sentidos. Campinas: UNICAMP, 2013.
SILVA, Denise Ferreira da. Ninguém: direito, racialidade e violência. Meritum, v. 9, n.1, 2014, p. 67-117.
SOUZA. Carlos Alberto Alves de. História do Acre. Rio Branco: M. M. Paim, 1992.
______. Carlos Alberto Alves de. História do Acre: novos temas, nova abordagem. Editor Carlos Alberto Alves, Rio Branco, 2002.
SOUZA, João José Veras. Seringalidade: a colonialidade no Acre e os condenados da floresta. Florianópolis, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Transferência de direitos autorais:
Declaro que após aprovado para publicação a Revista Tropos editada pela Universidade Federal do Acre (UFAC), passará a ter os direitos autorais do trabalho, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo permitida a reprodução total ou parcial desde que devidamente referenciada.
