HERÓIS SEM CAPA, VILÕES SEM MÁSCARA: O DISCURSO DE ÓDIO REPRESENTADO NA SÉRIE SUPERGIRL

Autores

  • Júlia Cavalcanti Versiani dos Anjos UFRJ

Palavras-chave:

Ódio, Séries de televisão, Cultura POP, Gênero

Resumo

A série de televisão Supergirl apresentou uma inovação em sua quarta temporada: o grande vilão que a heroína precisou enfrentar não foi um empresário do mal ou um extraterrestre com superpoderes, mas o ódio. A narrativa, portanto, pode ser percebida como um enunciado historicamente situado, que expõe receios contemporâneos. Com base nessa premissa, este artigo tem o objetivo de analisar como a produção trata a questão do discurso de ódio, por meio de uma análise do discurso de inspiração foucaultiana, que compreende enunciados como raridades. O exame do conteúdo foi associado a contribuições teóricas sobre o ódio e seu uso político, de modo a discutir se a série foi pautada por uma visão do senso comum sobre a questão, ou se conseguiu propor uma reflexão crítica sobre este tema. A investigação demonstrou que a narrativa forneceu uma representação crítica acerca da mobilização do ódio, na medida em que colabora para que o fenômeno seja entendido como um problema social e não meramente individual. No que tange a representação do grupo de difusores de ódio e, também, o tema do modo adequado de reação a estes ataques, contudo, a produção acabou por reforçar alguns estereótipos, como o apagamento da participação ativa feminina em grupos de ódio e a necessidade de que movimentos contra essa emoção se apresentem de maneira homogênea.

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Publicado

2020-09-24

Como Citar

Cavalcanti Versiani dos Anjos, J. (2020). HERÓIS SEM CAPA, VILÕES SEM MÁSCARA: O DISCURSO DE ÓDIO REPRESENTADO NA SÉRIE SUPERGIRL. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 9(2). Recuperado de https://teste-periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/3943

Edição

Seção

Dossiê - Potências políticas do pop: gênero e ativismo na cultura pop