DEVIR-TRANS: ATRAVESSAMENTOS CORPORAIS, POLÍTICOS E ARTÍSTICOS NA CULTURA POP

Autores

Palavras-chave:

Corpo; Devir-trans; Cultura pop; Arte; Política.

Resumo

O objetivo deste artigo é contribuir para a construção da noção de devir-trans como uma categoria teórica relevante para a compreensão da condição do corpo como interface mutável, transitória, permeável. Acreditamos na hipótese da emergência de um devir-trans nos entrelaçamentos entre arte, política e gênero e na cultura pop. Falamos de um trans-artivismo (artistas trans que utilizam o corpo como plataforma artística, política) sem esquecer que este corpo trans é também comunicativo e pop. Pensamos que é através do corpo que a partícula trans emana como algo que atravessa, que está em movimento, em ação, permitindo e promovendo a comunicação. Como exemplificação empírica escolhemos os videoclipes Diaba, de Urias; Coytada, de Linn da Quebrada, assumindo-os como materialidade comunicacional do devir-trans.

Biografia do Autor

Thiago Tavares Neves, ESPM

Pós-doutor em Comunicação pelo Programa de Pós Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM/SP. Doutor e Mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da UFRN. Possui graduação em Rádio e TV e em Jornalismo (2011) também pela UFRN. Vice-coordenador do Grupo de Pesquisa "Comunicação e Culturas Urbanas" da INTERCOM (2019-2020). Participante do grupo de Estudos Transdisciplinares em Comunicação e Cultura - Marginália. Pesquisador do grupo JUVENÁLIA - Culturas juvenis: comunicação, imagem, política e consumo da ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing. Atualmente cursando Licenciatura em Letras - Inglês pela Estácio/RN.

Vyullheney Fernandes de Araújo Lacava, UFRN

Doutorando em Ciências Sociais no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio grande do Norte. Graduando em Filosofia (bacharelado) na Universidade Federal do Rio grande do Norte. Mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio grande do Norte. Graduado em Ciências Sociais (Bacharelado e Licenciatura).

Referências

AMARAL, Adriana; MONTEIRO, Camila; SOARES, Thiago. O queen, a queen: controvérsias sobre gêneros e performances. Famecos, Porto Alegre, v. 24, n. 1, jan.-abr. 2017. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/23912/15013>. Acesso em: 09 fev. 2018.
BAITELLO JR, Norval. A era da iconofagia – ensaios de comunicação e cultura. São Paulo: Hacker Editores, 2005.
BENTES, Ivana. Feminismo global. [24 de janeiro, 2017]. Cult. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/feminismo-global/ Acesso em: 10 jul. 2018.
BETH, Hanno; PROSS, Harry. Introducción a la ciencia de la comunicación. Barcelona: Anthropos, 1990.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Ed. 34, 1992.
_____. Espinosa e o problema da expressão. Tradução de Spinoza et le problème de l’expression. Paris: Les éditions de minuit, 1968.
_____. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003. (2ªEdição).
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Kafka: por uma literatura menor. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
_____. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia 2. Vol. 3. São Paulo: Editora 34, 2012a (2ª Edição).
_____. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia 2. Vol. 4. São Paulo: Editora 34, 2012b (2ªEdição).
_____. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2. Vol. 5. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2012c. (2ªEdição).
_____. O anti-édipo: capitalismo e esquizofrenia 1. São Paulo: Ed. 34, 2010.
DESPENTES, Virginie. Teoria King Kong. São Paulo: n-1edições, 2016.
FELIX-SILVA, Antonio Vladimir. Comigo ninguém pode: subjetividades trans e a politização do corpo no limiar da contemporaneidade. In: Desfazendo Gênero: subjetividade, cidadania e transfeminismo. Berenice Bento, Antônio Vladimir Felix-Silva, Natal-RN: EDUFRN, 2015, ps. 181-200.
FOUCAULT, Michel. O Que é um Autor? In: Ditos e escritos – Estética: Literatura e pintura, música e cinema, Vol. III. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
_____. O corpo utópico, As heterotopias. São Paulo: n-1 edições, 2013.
GUATTARI, Félix. A transversalidade (1964). In: Psicanálise e transversalidade: ensaios de análise institucional. Aparecida /S.P: Idéias & Letras, 2004.
GUATTARI, Félix. Confrontações. São Paulo: n-1 edições, 2016
_____. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1985.
GREINER, Christine. O corpo – pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.
HERSCHMANN, Micael (org.). Nas bordas e fora do mainstream musical – novas tendências da música independente no início do século XXI. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2011.
HOCQUENGHEM, Guy; PRECIADO, Beatriz. El deseo homossexual con Terror anal. Santa Cruz de Tenerife: Melusina, 2009.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social. Salvador: Edufba; Bauru, São Paulo: Edusc, 2012.
LAZZARATO, Maurizio. Signos, máquinas, subjetividades. São Paulo: n-1 edições, 2014.
LEMOS, André. Ciber-cultura-remix. São Paulo, Itaú Cultural, agosto de 2005. Disponível em: http://sciarts.org.br/curso/textos/andrelemos_remix.pdf . Acesso em 17 dez. 2017.
MOREIRA, Larissa Ibúmi. Vozes transcendentes – os novos gêneros na música brasileira. São Paulo: Hoo Editora, 2018.
PRECIADO, Beatriz. Manifesto contrassexual – práticas subversivas de identidade sexual. São Paulo: n-1 edições, 2014.
_____. Testo yonqui. Buenos Aires: Paidós, 2017.
ROCHA, Rose de Melo. É a partir das imagens que falamos de consumo: reflexões sobre fluxos visuais e comunicação midiática. In: CASTRO, Gisela Granjeiro da Silva; BACCEGA, Maria Aparecida (orgs.). Comunicação e consumo nas culturas locais e global. São Paulo: ESPM, 2009. p. 268-293.
ROCHA, Rose de Melo. ‘Artivistas de gênero’ e a transformação pela música. [7 de fevereiro, 2018]. Gênero e Número. Entrevista concedida a Carolina de Assis. Disponível em:<http://www.generonumero.media/entrevista-artivistas-de-genero-e-transformacao-pela-musica/>. Acesso em: 22 fev. 2018.
(AUTOR 1 et. al.)
_____; SANTOS, Thiago Henrique Ribeiro dos. “Remediação com purpurina: bricolagens tecnoestéticas no drag-artivismo de Gloria Groove”. Ínterin, v.23, n.1. jan. 2018. p.205-220. Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/613-1442-1-PB.pdf Acesso em 16 de jul. de 2018.
ROCHA, Rose de Melo. Críticas do audiovisível - incerteza e indeterminação como perspectivas de análise de produtos audiovisuais da cultura pop. RuMoRes, v. 13, n. 25, p. 50-65, 13 jun. 2019.
SOARES, Thiago. “Abordagens teóricas para estudos sobre cultura pop”. LOGOS 41 - Cidades, Culturas e Tecnologias Digitais, v. 2, n. 24, p.1-14, 2014. Disponível em:<http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/view/14155/10727> Acesso em: 10 fev. 2018.
SPINOZA. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

Downloads

Publicado

2020-09-21

Como Citar

Tavares Neves, T., & Fernandes de Araújo Lacava, V. (2020). DEVIR-TRANS: ATRAVESSAMENTOS CORPORAIS, POLÍTICOS E ARTÍSTICOS NA CULTURA POP. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 9(2). Recuperado de https://teste-periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/3972

Edição

Seção

Dossiê - Potências políticas do pop: gênero e ativismo na cultura pop