A representação de mulheres na obra Rios e barrancos do Acre e Histórias de vida de dona Raimunda Alves
"dona da mata e dona de casa" luta e trabalho feminino na Amazônia acreana
Palabras clave:
Rios e Barrancos do Acre. Representação de mulheres. Cidade e seringal. Trabalhadoras e vítimas. Experiência social feminina.Resumen
Nas águas e florestas das Amazônias acreana (sobre)vivem mulheres que mantêm intensos intercâmbios e negociações de valores, conhecimentos no cuidado de Si e dos Outros. Dito isso, este estudo tem como objetivo analisar as representações sobre as mulheres, a partir da obra Rios e Barrancos do Acre, de Mário Maia e da história de vida de dona Raimunda Alves Feitosa, refletir sobrea constituição do trabalho das mulheres, suas atividades laborais, sociais e culturais nas cidades e na Floresta/Mata, categorizadas como ajudantes, companheiras, parteiras, prostitutas, objetos de prazer dos homens. Contudo, agentes ativas na construção memorialística, social e política da região. "Dona da Mata e dona de Casa". Neste momento com 92 anos de idade, mãe de doze filhos, a entrevistada nasceu e trabalhou em seringais da atual Mesorregião Vale do Juruá-Acre. História de vida que representa um legado de mulheres em diversas formas de trabalho em espaços dos seringais e nas cidades, entretanto invisibilizadas e silenciadas pela historiografia oficial, presentificado em livros, jornais, documentos históricos, do mesmo modo, em obras literárias de autoria masculina e feminina, como Rios e Barrancos do Acre, ao enfatizar as representações dessas mulheres de forma submissa ao poder masculino e em lugares de prostituição, bares onde provocam brigas e arruaças. Nessa perspectiva, este estudo é de caráter qualitativo, de cunho bibliográfico e trajetória de vida, e, portanto, dessa forma, as análises foram fundamentadas pelos estudos de Albuquerque (2016/2019); Benchimol (1999); Evaristo (2020); Foucault (2014); Wolff (1999), dentre outros autores/as.
Citas
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Fonte oral
FEITOSA, Raimunda Alves. Dona da Mata e dona de Casa.Entrevista concedia a Joely Coelho Santiago. Rio Branco-AC, 28 de abril de 2024.
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